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Incorporámos a classificação AMEG – EMA nos antibiogramas da LETILAB: Aprende a interpretar as categorias

O serviço de microbiologia implementou uma nova codificação nos relatórios com o objetivo de melhorar a sua qualidade e facilitar a tomada de decisões clínicas.
Incorporámos a classificação AMEG – EMA nos antibiogramas da LETILAB: Aprende a interpretar as categorias

Culturas e antibiogramas da LETILAB

Como alguns já sabem, os nossos antibiogramas são especialmente orientados para processos dermatológicos e têm a particularidade de selecionarmos os antibióticos com base no tipo de amostra enviada e no micro-organismo isolado. Graças a isso, têm ao vosso dispor diferentes opções terapêuticas mais ajustadas a cada processo e patologia.

Para vos facilitar a tomada de decisões e cumprir a normativa recentemente estabelecida, desde o início de setembro já podem encontrar nos nossos antibiogramas a letra correspondente ao grupo de classificação AMEG a que pertence cada antibiótico testado [D, C, B, A]. Assim, será muito mais simples selecionar o tratamento mais adequado com base nos resultados.

Exemplo de um antibiograma da LETILAB

Porque é importante esta incorporação?

Com esta classificação agora incluída no relatório, será mais fácil:

  • Identificar rapidamente o nível de prioridade e restrição do antibiótico.
  • Tomar decisões mais informadas na escolha do tratamento.
  • Contribuir ativamente para reduzir o risco de resistências antimicrobianas.
  • Cumprir com as recomendações de uso responsável definidas pelas autoridades e, assim, com a normativa atual. 

Grupos de classificação e como interpretá-los

A iniciativa responde à necessidade de promover um uso mais racional dos antimicrobianos, em linha com as recomendações de organismos internacionais como a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH), no âmbito da luta contra a resistência antimicrobiana.

O que significa cada letra?

De acordo com o grupo a que pertença cada antibiótico, o seu uso estará mais ou menos limitado quando se inicia uma terapia antibiótica, tendo sempre em conta as opções disponíveis. As categorias são:

  • D (Prudente): Antibióticos de menor risco para a saúde pública. Considerados de primeira linha para uso veterinário, sempre que clinicamente apropriado.
  • C (Precaução): Podem ser usados em veterinária, mas apenas quando não existam alternativas da categoria D, já que existem alternativas em medicina humana.
  • B (Restringir): Antibióticos de importância crítica. Devem ser usados apenas em situações muito concretas, que não permitam o uso de categorias C ou D, sempre com justificação clínica e suporte de antibiograma.
  • A (Evitar): Reservados exclusivamente para uso humano. Não devem ser utilizados em medicina veterinária, salvo em circunstâncias excecionais.

Classificação das classes de antibióticos para uso veterinário – Fonte: EMA

Recomendações gerais

  • Priorizar o uso de antissépticos sempre que possível, bem como antibióticos tópicos em vez de sistémicos, conforme recomendado nas recentes Guidelines sobre piodermas caninas da ISCAID. Consulta aqui o artigo sobre estas orientações.
  • Evitar o uso desnecessário, tratamentos prolongados ou doses insuficientes.
  • Consultar sempre a classificação antes de prescrever um antibiótico.

Esta melhoria faz parte do nosso compromisso com o uso prudente dos antibióticos e a melhoria da prática clínica. Como profissionais comprometidos com o conceito de Uma Só Saúde, devemos assumir a responsabilidade de manter a eficácia destes medicamentos essenciais, garantindo um futuro saudável para os nossos pacientes e para a saúde pública em geral, através de um uso correto.

Se pretenderes informação mais detalhada, podes consultar o documento de referência. Em caso de dúvidas sobre os resultados de um antibiograma realizado na LETILAB, contacta a nossa equipa técnica.

Juntos, avançamos para um uso mais responsável dos antimicrobianos.